Rakdos Reanimate, também conhecido como Rakdos Reanimator ou Rakdos Zombify, é um deck de Midrange-Combo da temporada de Standard de 2025 voltada para a interação de mágicas eficientes que descartam cards, como Fear of Missing Out e Tersa Lightshatter para colocar Valgavoth, Terror Eater ou Atraxa, Grand Unifier para o cemitério e trazê-lo ao campo de batalha com Zombify, gerando muito valor por um custo muito baixo.
Essa estratégia é complementada por um plano de jogo justo habilitado pelas criaturas com efeitos de descarte, somados com remoções baratas, descarte e Sheoldred, the Apocalypse como uma condição de vitória eficiente — dessa maneira, o arquétipo consegue atacar por duas frentes, avançando na mesa enquanto ameaça constantemente um potencial combo que o coloca muito a frente na partida.
A Decklist
Essa lista segue o padrão das mais utilizadas durante a temporada de Tarkir: Dragonstorm. A maior adição, que revitalizou o deck e o colocou de volta nos holofotes foi Tersa Lightshatter, um drop de três manas agressivo cuja habilidade permite descartar as peças necessárias para o cemitério enquanto avança a posição de mesa, permitindo também tirar cards inúteis da mão em busca de respostas eficientes para cada partida.
Maindeck

Os efeitos de reanimar e o coração do deck.
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Na temporada passada, o Reanimator usava The Cruelty of Gix e Virtue of Persistence para trazer criaturas de volta. Zombify é mais barato do que ambos, apesar de não ter a mesma versatilidade dos seus predecessores, e permite inícios de jogo mais explosivos com um Valgavoth, Terror Eater na mesa tão cedo quanto no quarto turno — ganhando virtualmente a partida contra a maioria dos oponentes.
Valgavoth’s Faithful é mais fácil do oponente interagir e mais lento que Zombify ao ser conjurado, mas oferece versatilidade em poder jogá-lo nos primeiros turnos para reanimar uma criatura depois, além de ser devolvido para a mão recorrentemente com Overlord of the Balemurk.

Os payoffs.
Valgavoth, Terror Eater é o alvo ideal. Seu corpo garante um clock de dois ou três turnos, ele se protege por conta própria da melhor maneira possível, garante fôlego extra contra Aggro e gera valor com cada mágica que o oponente jogar com ele na mesa.
Atraxa, Grand Unifier garante ampla vantagem em cartas no ETB com um corpo decente e muito capaz de segurar o Aggro e ganhar jogos por conta própria, apesar de Screaming Nemesis ser seu maior inimigo.
Etali, Primal Conqueror é o menos interessante dentre os cards que podemos reanimar porque depende muito do potencial explosivo de ambos os decks para ter impacto relevante. Se trouxer um Valgavoth consigo, ela ganha o jogo — se trouxer um Opt e um Duress, não faz quase nada. No entanto, de todos os cards que temos, ela é a mais fácil de conjurarmos da mão, tornando-a bem eficiente contra Bounce e outros decks com planos de jogo mais demorados.

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Os habilitadores.
Fear of Missing Out possui um corpo decente para o seu custo, gera filtragem de mão se não tivermos o que descartar e também garante combates extras se houver tipos de cards o suficiente no cemitério — Ocorre em casos muito raros, mas é um jeito de ganhar jogos ou gerar valor extra com Overlord of the Balemurk e Tersa Lightshatter.
A nova criatura de Tarkir, inclusive, dá um pouco de tudo o que o Reanimator precisa e é comparável com Fable of the Mirror-Breaker para os interesses do arquétipo. A habilidade de exilar cards de forma aleatória pode ser prejudicial, mas Tersa Lightshatter possui custo, corpo e benefícios o suficiente para ser uma staple dessa estratégia nos próximos anos.
Overlord of the Balemurk não descarta cards da mão, mas joga-os direto do topo para o cemitério por um custo baixo. Além disso, seu corpo 5/5 e efeito de recursão constante oferecem fôlego nos jogos mais longos, inclusive com a possibilidade de “fechar o combo” todo turno com Valgavoth’s Faithful.

A interação.
Torch the Tower se tornou a remoção primária do Standard por lidar com Heartfire Hero e Mosswood Dreadknight sem dar benefícios ao oponente. Não tiramos vantagem da sua habilidade de Bargain sem sacrificar Fear of Missing Out ou Overlord of the Balemurk, mas é comum que os dois de dano por uma mana sejam o suficiente para atender nossas necessidades.
Abrade e Brotherhood’s End como um split de 1-1 tanto no maindeck quanto no sideboard garante uma resposta abrangente contra criaturas um pouco maiores e nos jogos contra Cori-Steel Cutter, que se tornou uma staple nas duas últimas semanas. Ambos são excelentes contra decks go wide que usam artefatos como o Selesnya Cage também.
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Bitter Triumph dobra como habilitador do combo e para lidar com criaturas maiores ou Planeswalkers, sendo a remoção mais eficiente da nossa lista, mas por um custo relativamente alto.
Duress protege o nosso combo ou atrasa os planos do oponente em um turno. Além disso, pela natureza da nossa estratégia, é natural precisarmos de informação dos recursos na mão do oponente para tomarmos a postura ideal na partida desde o Game 1.

Sheoldred, the Apocalypse complementa o plano “justo” do Rakdos Reanimator. Sua habilidade pune os draws do oponente em jogos mais longos contra Control e Midrange e se beneficia das interações com Fear of Missing Out e Tersa Lightshatter para recuperar o Tempo da partida contra Aggro.

Além do pacote de doze duais desviradas de que precisamos para manter a consistência de mana, temos Raucous Theater para aumentar a consistência de Blazemire Verge e também para remover criaturas que queremos reanimar do topo, permitindo iniciar o “setup” do combo a partir do primeiro turno.
Demolition Field interage com terrenos problemáticos do atual Metagame, como Fountainport ou manlands.
Sideboard
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Liliana of the Veil é nossa fonte de disrupção de recursos em jogos mais longos contra Midrange, Control e também pode funcionar em partidas de combo. Vale ressaltar que podemos usá-la para descartar nossos alvos de reanimação, e o único motivo para ela não estar no maindeck é porque o Metagame atual não favorece usar esse tipo de card de atrito no Game 1.
Os Duress extras no Sideboard garantem mais consistência em interagir com oponentes nos jogos menos agressivos. Com a ascensão do Izzet Cutter, Jeskai Control e a permanência do Esper Bounce no topo do Metagame, sua importância no formato é tão grande que poderíamos considerar mais cópias no Maindeck.

Preacher of the Schism está em uma posição curiosa no Metagame atual: ele é um card de Midrange e funciona nas partidas de atrito com excelência, mas seu corpo 2/4 com Deathtouch é essencial para segurar os jogos de Aggro e também sobrevive contra a maioria das remoções de dano do atual Metagame, tornando-o versátil em diversas partidas.
A cópia extra de Sheoldred, the Apocalypse segue uma lógica semelhante e entra nos jogos em que temos de ser mais cuidadosos com o plano de combo, ou em que podemos aproveitar o excesso de respostas que o oponente tem para Zombify e puxar um plano mais justo e eficiente com linhas de Midrange.

Cut Down complementa as remoções pontuais de uma mana da lista contra Aggro. Ele também pode ocasionalmente entrar contra listas Dimir que tenham muitas criaturas pequenas, a fim de evitar que um Kaito, Bane of Nightmares entre muito cedo na partida.
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Abrade e Brotherhood’s End se complementam como respostas extras contra criaturas e também para lidar com Cori-Steel Cutter nos jogos contra Prowess. Brotherhood’s End também funciona contra Convoke e nas partidas de Esper Bounce hoje, dado que jogadores têm apostado menos em Optimistic Scavenger em prol de Sunpearl Kirin.
Pyroclasm complementa os sweepers baratos do formato. Além dos jogos contra Convoke ou Tokens, ele também funciona na draw contra os decks de Mice, onde usá-lo no segundo turno anula o avanço inicial do oponente nos dois primeiros turnos. Também é uma ótima maneira de lidar com várias fichas criadas por Stormchaser’s Talent e Cori-Steel Cutter.

Ghost Vacuum atrasa os planos de outros arquétipos que também dependem do cemitério, como Jeskai Oculus e Azorius Omniscience, além da mirror contra Zombify. É possível usá-lo como resposta a Shiko, Paragon of the Way, mas não gosto de cards muito condicionais contra Jeskai Control.
Jogando com o Deck
Como um Combo-Midrange, é importante compreender que plano de jogo você deve seguir em cada partida. Em alguns casos, puxar o beatdown justo e eficiente tem mais chances de funcionar do que seguir para o combo — em geral, partidas com muita interação ou onde o oponente tem facilidade em interagir com a pilha, com o cemitério, ou onde as criaturas que reanimamos são respondidas rapidamente.
Jogos não interativos ou nos quais nosso oponente é mais rápido do que nós, favorecem o plano de combo ao invés do Midrange. Nesse caso, procure por mãos que consigam cavar fundo em busca de Zombify e/ou que tenham a combinação certa de habilitadores e payoffs para funcionar.
Os primeiros turnos devem ser jogados visando preparar o combo. Seu oponente precisa reagir a ele e é nesse ponto que podemos nos preparar para o plano de beatdown. Caso ele não consiga, um Valgavoth, Terror Eater encerrará o jogo. Do contrário, você preparou o terreno por tempo o suficiente para Fear of Missing Out e Tersa Lightshatter puxarem o Tempo da partida, e a mistura de Sheoldred, the Apocalypse acompanhada por Overlord of the Balemurk puxará o valor para você.
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Precisamos ser mais reativos contra os Red Aggro e combos mais rápidos como Omniscience. Torch the Tower se torna o card mais importante no caso das listas mais agressivas, enquanto Duress é a parte fundamental para lidar com Omniscience. Na play, é possível forçar uma mão “full combo” contra esses arquétipos, mas lembre-se de que até um terreno do turno perdido pode encerrar a partida se não respondermos às jogadas do oponente.
Guia de Sideboard
Mono Red Aggro
IN

OUT

Izzet Cutter
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IN

OUT

Esper Bounce
IN

OUT
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Domain Overlords
IN

OUT

Azorius Omniscience
IN
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OUT

Jeskai Control
IN

OUT

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Concluindo
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